O secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, admitiu que a reforma da Previdência não vai trazer o crescimento econômico do país, como promete o ministro da Economia Paulo Guedes; agora, ele afirma que a proposta apenas vai trazer 'segurança jurídica' para que os investimentos voltem a acontecer; o próprio presidente Jair Bolsonaro já mudou o discurso e disse que a retomada do crescimento nada tem a ver com a reforma
O secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, admitiu nesta sexta (7), que a reforma da Previdência não vai resolver o problema do crescimento do país, como o governo e seus aliados prometem desde que encaminhou a proposta.
Durante evento em São Paulo, o secretário contrariou o discurso e disse que a proposta de reforma apenas vai trazer segurança jurídica para que os investimentos voltem a acontecer.
"A nova Previdência não é uma panaceia, não vai resolver os problemas do Brasil, não é ela que vai trazer redenção, retomada do crescimento estrutural de forma sustentada. Mas ela é a base disso", disse.
A afirmação de Marinho acompanha a mudança do discurso do governo. Depois de toda a propaganda oficial de que a liquidação da Previdência Social traria imediatamente um vigoroso crescimento econômico, Jair Bolsonaro e Paulo Guedes admitem que isso não acontecerá. Esta semana, Bolsonaro distribuiu um tweet de Guedes dizendo que a equipe econômica teria "medidas prontas para retomar o crescimento" que nada têm a ver com a reforma; agora falam em "Novo Pacto Federativo e a Reforma Tributária".
Segurança no trabalho
O secretário disse que prepara uma série de mudanças nas normas regulamentadoras (NR) do Ministério do Trabalho, que estabelecem as regras sobre segurança e saúde dos trabalhadores.
Ainda neste mês de junho serão apresentadas as primeiras propostas de alterações em cinco NRs.
"O Brasil não pode ser fábrica de geração de empecilhos", afirmou o secretário, ao se referir sobre as regras
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