Autoridades ucranianas acusaram o Exército russo de matar 21 mil pessoas em Mariupol, cidade portuária sitiada há mais de 40 dias. A nova estatística foi divulgada pelo prefeito da cidade, Vadym Boichenko, nesta terça-feira (12/4), em pronunciamento exibido na TV ucraniana. Antes, a estimativa era de 10 mil mortos na cidade.
Segundo a prefeitura, 90% dos prédios foram danificados e 40%, destruídos, incluindo hospitais, escolas, creches e fábricas.
Antes, o Ministério da Defesa ucraniano anunciou que investiga indícios de que a Rússia utilizou bombas de fósforo em um ataque a Mariupol.
O uso é proibido pela Convenção de Armas Químicas, da Organização das Nações Unidas (ONU). A Rússia ainda não se posicionou sobre a acusação.
Sob ataques constantes e em colapso, Mariupol é o último grande centro ucraniano a resistir na faixa entre a Crimeia e o território russo.
Missionários mortos
O governo da Ucrânia anunciou que conseguiu, em negociações com os russos, um acordo para retirada de 150 mil moradores de Mariupol.
Na segunda-feira (11/4), de acordo com um assessor do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ficou definido que ônibus farão o resgate de forma segura.
Dois membros da organização católica Cáritas e cinco familiares deles morreram em março durante um ataque em Mariupol.
Especializada na assistência aos pobres e refugiados, a organização informou que “ainda não tem elementos suficientes para determinar o que aconteceu”.
As informações foram divulgadas pelo portal de notícias da Santa Sé, Vatican News, que atribuiu o ataque a um tanque russo.
Guerra
A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Otan, entidade militar liderada pelos Estados Unidos.
Na prática, Moscou vê essa possibilidade como uma ameaça à sua segurança. Sob essa alegação, invadiu o país liderado por Zelensky, em 24 de fevereiro. A guerra completa, nesta terça, 48 dias.
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