A Federação Única dos Petroleiros (FUP) celebrou a autorização concedida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para que a Petrobras realize a perfuração do poço pioneiro FZA-M-059, na Margem Equatorial. A declaração foi feita pelo coordenador-geral da entidade, Deyvid Bacelar, em publicação nas redes sociais. A informação foi divulgada após o anúncio oficial do governo federal e da Petrobras sobre o início da etapa exploratória na região.
Bacelar afirmou que a decisão representa um avanço estratégico para o país e reforçou a importância do setor petrolífero para a economia nacional. “O Brasil dá mais um passo decisivo rumo à soberania energética! A Petrobrás finalmente recebeu autorização do Ibama para perfurar o poço pioneiro FZA-M-059, na Margem Equatorial”, escreveu.
Emprego, renda e riqueza
Na publicação, o dirigente da FUP destacou que a etapa de perfuração — com previsão de cinco meses e caráter exclusivamente exploratório, sem produção de petróleo nesta fase — é essencial para que o país conheça melhor o potencial energético da Margem Equatorial. Segundo ele, o avanço tem capacidade de transformar a realidade econômica do Amapá e de outras regiões do Norte e Nordeste.
“A FUP celebra essa conquista, fruto de diálogo, pesquisa e responsabilidade ambiental. Um avanço estratégico com potencial de gerar emprego, renda e riqueza, garantindo também transição energética justa e investimentos socioambientais em todo o país”, afirmou Bacelar.
Margem Equatorial no centro do debate energético
A Margem Equatorial, região marítima que se estende do Amapá ao Rio Grande do Norte, é considerada por especialistas e pelo governo federal como uma das áreas mais promissoras para novas reservas de petróleo e gás no Brasil. O poço autorizado fica no bloco FZA-M-059, próximo à costa do Amapá.
Apesar das comemorações do setor petrolífero, a atividade segue cercada de controvérsias. Ambientalistas alertam para riscos à biodiversidade marinha e questionam o impacto das operações às vésperas da COP30, que será realizada em Belém. Já setores da indústria, governos estaduais e sindicatos veem na exploração da Margem Equatorial uma oportunidade de desenvolvimento econômico e fortalecimento da soberania nacional.
Expectativa no Amapá e no setor energético
Governos estaduais, como o do Amapá, já haviam se posicionado a favor das pesquisas. A Petrobras afirma que seguirá padrões internacionais de segurança e que a perfuração será realizada com monitoramento ambiental.
Com o início da fase exploratória, a expectativa é de aumento de investimentos em infraestrutura, logística, formação de mão de obra e cadeia produtiva ligada ao setor de óleo e gás, especialmente no Amapá — um dos estados com menor PIB do país.

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