Tassia Mirella de Sena Araújo, de 27 anos, foi morta em abril de 2017, data que se transformou no Dia de Combate ao Feminicídio em Pernambuco
Está marcado para a manhã desta segunda-feira (5), no Fórum Thomaz de Aquino, no Recife, o júri popular que deve decidir se o comerciante Edvan Luiz da Silva, acusado do estupro e do assassinato da fisioterapeuta Tassia Mirella de Sena Araújo, de 27 anos, morta em 5 de abril de 2017, é culpado pelos crimes. Tassia foi encontrada morta dentro do apartamento em que morava no edifício Golden Shopping, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife.
A sessão de julgamento será presidida pelo juiz Pedro Odilon de Alencar. Edvan, que era vizinho de Tassia, responde por homicídio qualificado por motivo torpe e recurso que impossibilitou defesa da vítima. Quatro testemunhas foram apresentadas pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE), enquanto a defesa do acusado não arrolou nenhuma.
Segundo a Polícia Civil, Edvan invadiu o flat da fisioterapeuta com o intuito de estuprá-la. Para se defender, Tassia entrou em luta corporal com ele. Laudos do IML apontam que, embora não tenha existido penetração, o crime de estupro, que tem um conceito mais amplo, foi comprovado. A vítima, que teve a roupa rasgada, foi morta por uma facada no pescoço.
Durante a investigação, foram achadas gotas de sangue da vítima no apartamento do acusado, além de pegadas de sangue compatíveis com o tamanho do pé de Edvan e uma mancha de sangue na porta dele. Uma camisa encharcada de sangue também foi achada no flat onde ele morava.
Por conta da brutalidade e da repercussão do crime, a data da morte de Tassia se transformou no Dia de Combate ao Feminicídio em Pernambuco.
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